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Film: Shin Godzilla (2016)

Assisti dois filmes do Anno em seguida, junto de um doc da NHK que ele vai ensinar a umas crianças na prefeitura natal dele. No mínimo interessante ver Godzilla de um autor que claramente ama o tema como mídia e ao mesmo tempo imprime suas próprias expressões na linguagem cinematográfica através de sua estilística pela qual ficou reconhecido. Provavelmente Shin Godzilla é mais diretamente político que o original de Honda. Mas também, ele não tem o que esconder, as mensagens são enviadas explícitamente atráves das sátiras políticas que de tão sútis e certeiras, me fazem dissaborear o gosto amargo e necessário do exagero do recente don't look up da Netflix. As cenas de reação - se é que dá pra chamar assim - tem a mesma fluídez que me lembro de sentir assistindo evangelion muito tempo atrás. Como se fosse uma performance de uma música triste e desesperadora e não apenas do simples desespero descontrolado que veríamos em um filme hollyudiano mais pipocão. Nesses momentos é possível enxergar como a condução do filme brilha. Como na cena em que o Gojira fica roxo pela primeira vez. A emoção é pelo próprio monstro, como um grito de socorro e de defesa que estoura em forma de raio laser radioativo que derrete prédios ao meio. 1960's ou 2010's, o país continua declamando seus horrores através de uma projeção externa de destruição em massa de forma a continuar relevante até então. O tempo passou mas algo continua o mesmo.

#film